guardo-te dos meus segredos
sem medo
de deixar-te cair,
o fundo do meu gesto
é o resto
do espelho quebrado
no chão do meu mundo,
fecho-me em mim
a casa está aberta
o quarto do fundo
espera por amanhã
beija-me sem pudor
arranca-me a roupa
despe-me do calor
que me invade o âmago,
nas pontas dos dedos