fugir

novembro 16, 2011

Preciso de fugir. O aqui é desconfortável. Talvez advenha daí a minha força, fico e enfrento o que está a causar-me transtorno. Mas não consigo, o que é, é forte demais e esmaga-me por dentro. Quero fugir para um  lugar seguro. Não consigo aguentar. Teimo em viver a vida à superfície, mas quando me afundo em mim percebo que há muito mais que tem de ser processado. Não posso continuar à deriva. O meu corpo quer mergulhar na minha alma, porém não me julgo capaz de nadar contra a maré. Todo este percurso tem sido de descoberta, descoberta de mim. E por isso, preciso de fugir, respirar bem fundo e encontrar-me.

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3 comentários

  1. Às vezes é no vazio que se encontra o tudo. Às vezes fechar os olhos faz-nos ver com mais clareza. Respira fundo e faz entrar ar fresco na alma abafada.

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  2. É quando estamos sós connosco que aprendemos quem somos. Quer seja à beira de um precipício ou no meio de uma multidão, precisamos de gritar bem do fundo do nosso ser só para soltar o silêncio que nos arrebata. Preciso de ar.

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  3. Um grito por vezes mudo, mas que para quem escuta atentamente traduz mais que o silêncio absoluto. É nesse discurso bruto, zangado e mal criado, que descobrimos quem somos, num momento passado fugazmente em que fomos verdadeiros. Gritámos no nada e vemos tudo.

    É na solidão que me descubro, é no recanto e no escuro, que alimento a minha criação.

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