adeus amor

dezembro 09, 2010

Hoje, hoje não te conheço. Partilhei contigo o meu âmago, a minha carne, o meu devaneio. Foste meu confidente de todas as horas vagas, todas as horas mortas, todas as horas livres. Todas, todas as horas. Foste metade de mim quando ansiava por me sentir completa. Foste o sonho de uma noite de Verão, de Inverno. Foste um sonho. Tropecei-te, sussurei-te, rejeitei-te, quis-te como louca, amei-te. Foste o meu companheiro e eu a tua companheira, até ao dia em que deixei de reconhecer em ti o meu confidente, a minha metade, o meu sonho. Já não és o meu companheiro da solidão, da ausência, do meu fim.
Como posso não reconhecer o rosto que tenho na minha frente? Estás desfigurado, transfigurado, diferente, mudado, de tudo o que eras no antes, no nosso antes. Não posso pedir que voltes, a revolta é demais que volta todas as noites para me fazer andar às voltas sem te voltar a encontrar. É tempo de virar costas, de dizer-te adeus. Um adeus só, tão só, de mim para ti.

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