livre

abril 10, 2011

E em mim já é noite. Não consigo dormir. O meu corpo anseia por algo que nem de longe nem de perto consigo reconhecer. A imagem nublada que se esbate no meu caminho é demasiado pardacenta. Os contornos não se definem, não me definem. O que acontecer só a mim pertencerá. Só não me quero perder. Tu és pele de mim, e eu não tenho certezas. A metade que é, já não é a metade certa. Sento-me ao meu colo, e só peço que não te percas agora. Estou confusa, deito as mãos à cabeça e reconheço em mim o pássaro livre que sou, que desde que foste embora eu me tornei. A jaula já não é a mim que compete. Sou livre, sou infinita.

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