egoísta

fevereiro 06, 2012

Fujo. Tenho um pesadelo por noite. Não me sinto segura. Falta-me o berço de onde vim. As noites são a personificação da solidão. Quer esteja embriagada em sentidos, com o corpo frenético e a mente longe, bem longe. Ou quando me deito naquele leito sombrio, frio, sozinho, com a mente perto, bem perto, demasiado perto até. Não tenho o coração na boca, não tenho o coração nos pés. O meu coração está no lugar certo, apertado, secreto. Envolto em osso, o meu coração está num casulo que eu não entendo. Seja pelas raízes cheias de terra de onde floresci, ou dos pedregulhos cortantes que me custaram a atravessar, em mim, há qualquer coisa de estranho que não deixa que o meu coração se metamorfoseie. Nunca deixarei de ser egoísta. Sou demasiado livre para me "acasular" sem ti, e demasiado livre para voar contigo.

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