no topo - 3

abril 14, 2014

- Praga -
Não queria mesmo pensar nisso como «a waste of time». Como se pudesse ter estado este tempo todo a viver de uma outra forma, por outros moldes. Como se olhar, tocar e sentir fossem apenas verbos que pudessem ter sido vividos de outra forma menos rudimentar. Não sei que pesadelo perpétuo estaria a condenar-me se o tempo não tivesse mostrado que «everything happens for a reason». Quero pensar que tudo é uma experiência e que se assim foi é porque assim teve de ser. Que aprendi, aprendi com isto a ser alguém que já não voltarei a ser. Mas custa pensar que se calhar, só se calhar, perdi a minha essência, perdi algum pedaço de mim que me faria falta para enfrentar outras experiências. Acreditava que as pessoas não mudavam. Agora acho que desisti dessa crença: tu mudaste. 

nota: este texto é o terceiro de um conjunto, denominado «no topo», de 29 Novembro 2012, ilustrados por quatro topos de edifícios que tanto ornamentos como beleza simples têm.

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