Hoje tinhas um sabor estranho. Amargo. Custou-me sentir-te na ponta da língua. Cerrei os olhos com toda a força. Imaginei pedaços de ti envoltos na névoa. Um sabor doce, quase tóxico. Não chegou. Tu não chegaste. Hoje o cheiro que emanavas em nada tinha a ver com o perto de mim. Hoje estavas longe, bem longe. E por isso o teu sabor era estranho. Amargo.
nota: este texto é o primeiro de um conjunto, denominado «no topo», de 29 Novembro 2012, ilustrados por quatro topos de edifícios que tanto ornamentos como beleza simples têm.
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